Prefeitura Municipal de Japoatã

Brasao_japoataPrefeito: José Magno da Silva (PTN)

Japoatã, a cidade do tesouro perdido Município chamou-se Jaboatão e foi fundado pelos jesuítas, que escolheram o local para suas preces.

Ha duvida quanto a fundação de Japoatã, que foi habitada anteriormente por Índios. De acordo com a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, a versão mais provável e que tenha sido fundada pelos franciscanos, sob a inspiração de frei Antonio Santana Jaboatão, que teriam construído uma capela e um convento em 1572.

Sabe-se que foi no ano de 1575 que se iniciou a conquista do território de Sergipe, a partir das margens do Rio Real, no Sul do Estado. O certo e que antes de 1630 já existia o convento construído pelos jesuítas sobre o Monte Jaboatão.

O professor Jose Bezerra dos Santos, em seu livro o “ O Tesouro de Jaboatão”, afirma que os frades jesuítas escolheram aquele local para suas preces, descanso das jornadas fatigáveis e abrigo segura onde guardassem, sem receio, as jóias e alfaias da igreja. “Para isso levantaram as grossas paredes do famoso mosteiro, plantaram no cume do monte O Cruzeiro de Pedra, Santo Pio e, a determinada distancia, ergueram a Igreja Nossa Senhora das Agonias”.

Alguns cristãos se ofereceram para escavar um subterrâneo sob o monte, com labirinto e largos corredores onde foram colocados os mais preciosos bens da igreja, ficando a salvo dos inimigos.

Em 1757, Jaboatão era uma fazenda-modelo com a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, mosteiro e casas dos escravos dispostas ao redor, alem de alguns moradores livres. Em 30 de dezembro de 1768, os jesuítas foram expulsos de suas terras, por ordem do Marques de Pombal, o qual confiscou os bens da companhia.

Com a saída dos jesuítas, tudo ficou no abandono. A povoação quase se extinguiu, e o velho convento e a igreja ruíram. Os habitantes das redondezas aproveitaram o material para novas construções no mesmo local onde os jesuítas moravam. As novas povoações deram o nome de Jaboatão, aceitando a hipótese de que foi o frade franciscano quem primeiro catequizou os índios da região.
O juiz aposentado Jonalter Vieira Andrade esta escrevendo um Iivro sobre a historia de Japoatã. Ele acredita que a versão mais provável do surgimento do nome da cidade e que a palavra Jaboatão vem da palavra indígena Inhapota, que significa madeira alta, matas grandes. “As matas do local onde hoje e a cidade podem ter sido muito altas e fechadas”, explica ele.

A primeira noticia sobre a evolução política de Japoatã foi de 23 de dezembro de 1910, quando o então presidente do Estado, Luiz Garcia, assinava a lei criando o município de Jaboatão, desmembrando seu território de Pacatuba. Os pacatubenses, não aceitando o fato, contaram com o apoio de influentes políticos da época que fizeram com que a lei caducasse e o município não fosse instalado.
Uma nova lei, porem, assinada em 20 de outubro de 1926, transferiu a sede do município de Pacatuba para a povoação de Jaboatão. Somente pelo decreto-lei 69, de 28 de março de 1938, doze anos depois, Pacatuba foi novamente elevada a categoria de vila,
Em 31 de dezembro de 1943, Jaboatão e seu distrito Pacatuba passaram a ter a denominação, respectiva, de Japoatã e Pacatuba, por causa do decreto-lei numero 377. Segundo Antonio Marques, isso ocorreu porque os povoados, vilas e municípios brasileiros não podem ter nomes iguais, o que dificulta a administração federal. Por isso os primeiros municípios fundados tiveram seus nomes confirmados e os mais novos foram modificados.
A situação durou ate 25 de novembro de 1953, quando a lei numero 525-A criou o município de Pacatuba, desmembrando-o do de Japoatã. Jonalter Andrade diz que quando ainda era criança chegou a ver rixas entre pessoas de Japoatã e Pacatuba.
Atualmente Japoatã e uma cidade pacata e agradável. Mas a população reclama da não preservação da historia da cidade. “Muitos prédios históricos foram destruídos e os que ainda estão em boas condições são descaracterizados. A historia deve ser mais bem cuidada”, defende a professora Selma Maria Ferreira Santos.

Na época dos jesuítas, os devotos de Nossa Senhora das Agonias costumavam fazer doações a imagem, primeira padroeira do local. Esses tesouros foram enterrados no esconderijo, logo que os padres da Companhia de Jesus souberam que os holandeses haviam tomado Olinda (PE). Em 1630, a imagem de Nossa Senhora das Agonias seguiu para Roma, por ordem do Vaticano, ficando a de Nossa Senhora do Desterro no lugar.
Quando em 30 de dezembro de 1768, os jesuítas foram expulsos de suas terras pelo Marques de Pombal, apressados, eles depositaram tudo que havia de valioso no labirinto e fizeram o desenho do mapa indicando o local exato onde o tesouro foi enterrado, para ser descoberto apos as perseguições, 163 anos depois. Em 5 de maio de 1931, 0 lavrador Pedro de Alcântara sonhou com um frade velho, de barba grande e cabelos brancos, que o chamou para cavar em um determinado local.
Segundo o pesquisador Antonio Marques da Silva, no dia seguinte pela manha, Pedro chamou 0 vizinho, contou seu sonho e combinaram de ir a noite ao local, a 200 metros da vila. “Pedro e Raimundo cavaram um buraco de dois metros e trinta de profundidade, retiraram um caixote”,
que continha duas placas envolvidas com uma camada de gesso, que combinadas com outras duas dariam a localização exata do subterrâneo.
Antonio diz que eles encontraram também duas imagens de 70 centímetros cada, de fina lavra, e uma chave grande do salão principal.
. A filha de Raimundo, Jolinda, lavou as placas. De tanto arear, uma delas ficou com uma parte ilegível. A placa legível mostra uma parte da explicação para se chegar ao tesouro e os objetos que contem no local. ( Ver no box).
Originalmente, as inscrições estão ao contrario. Para ler, deve-se colocar em frente ao espelho. A descoberta das placas chamou a atenção de todo o Estado, inclusive foi publicado em diversos jornais locais e nacionais.
Da época dos jesuítas só existem na cidade a pia batismal e o Cruzeiro de Pedra, este localizado na praça principal da cidade, em frente a Igreja Matriz. Construído no século XVII pelos padres da Companhia de Jesus, segundo lenda o Cruzeiro é o ponto de partida do subterrâneo onde estão escondidos os tesouros.

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